7 Erros comuns de quem está aprendendo a tocar um instrumento musical


Instrumentos musicais produzem sons pelos quais é impossível não se apaixonar. Muitas vezes, tal fascínio leva muitas pessoas a tentarem dominar determinado instrumento, seja para dialogar com a ele a sós ou compartilhar as notas aprendidas com a família, amigos e, quem sabe, com um público externo mais amplo.

No entanto, é preciso ressaltar que cada instrumento detém o seu grau particular de dificuldade, tanto no que se refere à execução exata das notas quanto à capacidade de se extrair as mais distintas tonalidades e timbres. Afinal, não basta ter técnica. Aprender a tocar um instrumento musical significa mergulhar até o âmago de sua essência, embarcar na melodia sem saber o que virá na próxima curva, mas ciente de que o resultado final será harmonioso. Isso requer prática. Porém, o caminho pode ser menos árduo do que se imagina evitando algumas “armadilhas”, como as que serão apontadas na sequência.



1. Limitar-se a tablaturas

Criadas com o intuito de se desburocratizar, digamos, o aprendizado de diversos instrumentos musicais como bateria, baixo e guitarra, as tablaturas são, sem dúvida, uma ótima maneira de se conhecer uma música e desenvolver alguma intimidade com o instrumento.

Contudo, o problema é quando o estudante se restringe à tablatura, se apega às facilidades e aos atalhos proporcionados por ela e, simplesmente, abandona qualquer possibilidade de aprender a ler partitura. Esta sempre deveria ser o foco principal quando o assunto é o estudo musical propriamente dito. É através de um partitura que o músico é capaz de reconhecer não apenas as notas, mas também os ritmos e harmonias que determinada melodia possui.

Em outras palavras, a partitura garante um nível de precisão extremo e propicia ao estudante a possibilidade de conhecer todos os detalhes de uma música e executá-la minuciosamente, mesmo que nunca a tenha ouvido.

2. Não dedicar tempo à prática

Outro grande empecilho de quem está aprendendo a tocar um instrumento musical é a preguiça. O estudo teórico deve caminhar lado a lado com as horas de prática. O ditado “a prática leva à perfeição” pode ser aplicado em relação a um aprendizado musical sob qualquer ponto de vista. Acredite, caso você não reserve um horário na sua agenda para se dedicar ao instrumento, dificilmente conseguirá atingir o nível de habilidade almejado.

Não perca seu tempo se apegando a exemplos de músicos extraordinários que dizem ter estudado pouco durante o início, pois são casos raros. A menos que você tenha nascido com uma singular habilidade nos dedos, braços ou pernas (depende do instrumento) e um ouvido musical igualmente incrível, seja humilde e estude regularmente, preferencialmente, todos os dias.

3. Não praticar exercícios

Exercícios musicais são, inevitavelmente, irritantes e cansativos – que o digam baterista, guitarristas, baixistas, trompetistas, saxofonistas, etc. Mas, saiba que, sem os exercícios, a sua técnica será prejudicada. Então, por mais exaustiva que seja uma escala cromática na guitarra, por exemplo, faça-a do início ao fim em uma região razoavelmente extensa do braço. Também é importante variar as sequências de exercícios.

São os exercícios que darão sustentabilidade aos movimentos, permitindo que você, com o tempo, execute-os de olhos fechados, mesmo quando se tratar de trechos complexos da melodia. Para chegar a esse nível e sem errar é preciso praticar bastante.

4. Ter pressa

Você não precisa ser um gênio da música para aprender a tocar instrumentos musicais. Sim, dependendo da sua disposição e habilidade, não é raro encontrar músicos que se dedicam a um instrumento específico, mas “arranham” um ou outro de vez em quando.

Por outro lado, muitas pessoas desistem de aprender a tocar um instrumento por não ter paciência o suficiente para esperar pelo seu próprio aprimoramento. Lembre-se, cada um tem o seu tempo e muitos fatores podem interferir no período necessário para tocar uma melodia do início ao fim.

Caso você nunca tenha tocado um instrumento musical na vida, a paciência deve ser redobrada, pois o seu “ouvido musical” ainda está muito despreparado. Prefira aprender a melodia por trechos e depois os conecte em uma única levada.

A pressa também faz com que o estudante de música, constantemente, queira tocar rápido, quando, na verdade, não praticou o suficiente nem sequer para tocar em ritmo mais lento. Tocar bem é tocar sem erros. Logo, se a música em questão exige movimentos acelerados, primeiro domine a sequência deles para depois aumentar a velocidade gradualmente.

5. Não treinar o ouvido

Já foi dito que aprender a teoria musical através das partituras é de extrema importância. Mas, isso não significa que a audição musical deva ser relegada a segundo plano. Na verdade, é preciso que você saiba conviver com tudo isso simultaneamente, ou seja, saiba ler tablaturas, partituras e, sobretudo, treine o seu ouvido.

Não existe nada mais gratificante para um estudante de música do que ouvir uma música e conseguir identificar nota a nota ou saber, ao menos, qual parte do braço de uma guitarra está sendo usado em determinado instante.

6. Não saber afinar o próprio instrumento

Pode parecer estranho e contraditório, mas muitos “músicos”, realmente, não sabem como afinar o próprio instrumento musical. Para não aumentar essa lista, é preciso conhecer o seu instrumento a fundo e saber afiná-lo mesmo que não haja um afinador eletrônico por perto. Diga-se de passagem, algumas vezes estes aparelhos apenas indicam uma direção, facilitando a identificação de um certo tom, mas durante o restante da afinação mais atrapalham do que ajudam. Saber afinar o instrumento também está ligado ao desenvolvimento do “ouvido musical”, conforme já citado acima.

7. Não escolher o modelo “ideal” do instrumento

Com o ouvido devidamente treinado e experiente, você perceberá, aos poucos, que existe uma infinidade de timbres de um modelo do seu instrumento musical para o outro. Para saber detectar essas distintas sonoridades é preciso perceber que muitos fatores interferem no processo.

Em se tratando de uma guitarra, baixo ou violão, por exemplo, o resultado final do som é provém da qualidade do próprio instrumento, do encordoamento, do amplificador e, invariavelmente, da acústica do local.

Sendo assim, é interessante ampliar os seus horizontes e conhecer novos timbres. Perceba que existem diversos tipos de um mesmo instrumento musical e que cada um reúne características subjetivas. Alguns são mais propícios do que outros para se tocar certo estilo musical. Um músico iniciante precisa contar com um modelo razoavelmente capaz de reproduzir a sonoridade esperada. Afinal, ao menos no início, sempre se tem um estilo em mais evidência, seja ele o jazz, o blues, o hard rock, o heavy metal, o thrash metal, etc. E cada instrumento atende melhor a cada um deles em escalas distintas.
Fonte: Ozielzinho